O PERIGO DA MANIPULAÇAO
DA ESQUERDA E DIREITA POLITICA
JOGO DE MANIPULAÇAO E
LAVAGEM POLITICA CEREBRAL
.Não perca seu tempo classificando as pessoas, os partidos e as bandeiras entre esquerda e direita. A classificação existe apenas no discurso, não na realidade, e é uma ferramenta retórica para criar conflitos, marcar posições e demonizar adversários.
Mais do que isso, falar em esquerda e direita é participar de um jogo. Um jogo retórico que serve aos interesses de apenas um dos jogadores. Quase sempre, quem dá as cartas é a esquerda.
Funciona assim: o primeiro lance é da (autodeclarada) esquerda. Ela olha uma dada situação social vista como problemática e a interpreta como uma instância de luta de classes: um lado mais forte que oprime um lado mais fraco. A esquerda então arroga para si a defesa do lado mais fraco/oprimido, que envolve algum tipo de compensação para esse lado e punição do lado opressor.
E a direita, o que faz? Fica com a inglória incumbência, que ela aparentemente aceita de bom grado, de defender o lado mais forte contra o ataque da esquerda que quer balançar o status quo.
Isso vale desde os casos clássicos do conflito, como a situação dos trabalhadores. A esquerda arroga para si a defesa da causa dos operários e a direita fica com a defesa dos empresários.
No entanto, sabemos que na prática não é nada disso: há vários empresários de esquerda e há também sindicalistas de direita. Além disso, essa conveniente dicotomia exclui muita gente: o desempregado, o informal, o pequeno empreendedor, o autônomo, o profissional liberal etc.
Mesmo assim, a leitura "pega", e acaba sendo a lente básica pela qual muitos leem a realidade e se posicionam.
O mesmo jogo serve também para contextos totalmente díspares e nos quais encontrar um oprimido e um opressor é bem menos claro. Penso em dois bem aplicáveis ao Brasil, que mostram como é arbitrária essa divisão.
Ou pensemos no caso do transporte. Há luta de classes aí? Não havia, não precisava haver, mas agora há. Ônibus, usado pela maioria pobre, e bicicletas — preferência de uma minoria rica e bacan — são o lado oprimido. Quem aposta neles é esquerda. Os egoístas motoristas de carro (mesmo os motoristas de um Fusca ou uma Brasília) são os opressores; quem os defende é a direita.
Há uma série de questões que revelam o absurdo dos termos esquerda e direita: ambientalismo, industrialização (ironicamente, defender as grandes indústrias com tarifas protecionistas e subsídios virou bandeira da esquerda), povos indígenas e tradicionais, agricultura familiar versus agronegócio, grande empresariado (beneficiado por políticas protecionistas e de subsídios, que virou uma agenda da esquerda), política externa, e muitas outras etc.
O pobre recostado recebendo bolsa-família e fazendo filhos, o maconheiro de Humanas que anda de bicicleta e quer revolução, o proletário pelego, o negro racista, a feminista beligerante: figuras que a direita adora odiar. Todos têm alguma base numa realidade parcial — assim como os estereótipos que a esquerda adora odiar! — mas são, antes de tudo, criações da imaginação ideológica. E nessa guerra de ódios, foi dado à direita o lado perdedor: o lado do mais forte, que naturalmente não desperta a simpatia popular.
Quer combater a mentalidade esquerdista? A maneira certa está em se recusar a participar do jogo da luta de classes; está em apresentar soluções que não passem nem pela defesa de um grupo e nem pela demonização de outro. Está em descobrir as lógicas que desarmam esse discurso que só enxerga opressores e oprimidos.
A realidade social não é fundamentalmente uma realidade de exploração, de transações perde-ganha. Essas existem, mas são abusos. A luta de classes (ou melhor, de grupos) é a realidade básica apenas em um campo da vida social: a política, que instaura cabos de guerra por onde passa.
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FONTE
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