domingo, 19 de fevereiro de 2012

A maior fazenda e o mais rico na Colheita Feliz

Eddy Türk era um jornalista investigativo. Inadepto de novidades e tecnologias, Türk era um dos últimos resquícios da ciência de investigação no Brasil. O ano de 2010 havia sido marcado pela maior adesão de usuários de que se tem notícia no Orkut. Um aplicativo chamado Colheita Feliz havia sido responsável por demissões em massa e a inatividade de mais de 70 milhões de pessoas. Eddy não usava internet, ele tinha seus próprios meios. Durante dois anos ele atravessou o o país fazendo interrogatórios (grande parte deles violentos) a respeito da Colheita Feliz. O que a Colheita Feliz tinha de tão especial? Por que as pessoas estavam viciadas na Colheita Feliz? Após uma série de perguntas, tapas na cara e pés na porta, Eddy Türk havia chegado a um nome: McCain. Ele sabia que isso era coisa de americano. Um magnata americano havia acabado com a vida de milhões de brasileiros. Comprou passagens para a América, mais especificamente: Texas. Facilmente conseguiu o endereço do porco capitalista. As pistas o haviam levado a uma enorme fazenda com um letreiro luminoso na frente: COLHEITA FELIZ. Entrou, analisou e decepcionou-se, suas pistas o haviam enganado. Suas pistas o tinham levado até uma plantação de Smiley Potatoes. Mas apesar de tudo, suas pistas não estavam erradas. McCain era o cara mais rico, ele era o dono da Colheita Feliz. Uma pena que era outra Colheita Feliz que Eddy procurava. É Eddy, não foi dessa vez.

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